M. Goretti Carreiro

Maria Goretti Carreiro passed away in Dartmouth at the age of 67, after a long and difficult illness. Though her final days were marked by suffering, she remained surrounded by the love of her children and her husband, to whom she had given her heart, her strength, and every breath.

Born in Ponta Delgada, in the Azores, to Maria Olimpia Coutinho and Albino Coutinho Cabral, Maria Goretti lived a life shaped by faith, sacrifice, and the quiet power of love in action. She was the beloved wife of Duarte Nuno Carreiro, with whom she shared a deep and enduring bond. In his words, she had a sharp sense of justice. She couldn’t tolerate seeing anyone treated unfairly and carried a deep moral clarity into all areas of her life. She was also, as he described, “uma amiga do seu amigo”—a friend to those who loved her, fiercely loyal to anyone who treated her with care and respect. That loyalty defined her relationships and the depth of her devotion to family and friends.

She raised two children, Beatriz Botelho and Duarte Coutinho Carreiro, with unwavering love and humility. For her, motherhood was not just a role but a sacred calling. She lived as a servant—not just of God, but of her family. She gave everything she had without ever asking for praise, and she never saw herself as worthy, even though she was the most beautiful example of love and selflessness we could have ever known.

Her grandchildren were her joy. She was a devoted vovó to Madilyn and Lilian, daughters of Beatriz, and to Gabriel and Arianne, children of Duarte. Her presence in their lives was steady, kind, and full of warmth. She lit up when they were near and always wanted the best for them, praying constantly for their well-being.

Maria Goretti was also a cherished sister to Noélia Coutinho Rodrigues, Maria Auxiliadora Coutinho, and Vitoria Coutinho Melo. Among them, she was known for her emotional strength—the kind of strength that allows someone to quietly carry the burdens of others without drawing attention to themselves. As her daughter Beatriz described, she was loyal, strong, and quick to forgive. That forgiveness wasn’t casual. It came from her deep Catholic faith, rooted in the belief that we must forgive as God has forgiven us. She truly lived that belief.

She loved nature. Especially the ocean. The breeze, the salt air, the peace of being near the sea. Her connection to the water came from the summers she spent as a girl in the Baía de São Lourenço on Santa Maria Island, where her family has a home. Fishing, swimming, walking the coast—those moments stayed in her heart forever. Later in life, living near the water in South Dartmouth brought her a quiet happiness. Even if she couldn’t make it to the beach, she’d still urge us with a smile: “Vá pra praia, rapaz.” But Maria Goretti was more than a woman of faith and family. She was curious, adventurous, and full of life. She loved to travel and learn. She was endlessly fascinated by different cultures and people, and her extroverted spirit made her light up in a room full of strangers. She also loved the simple joys: going out to eat, brunch, long drives, little day trips. Pub 99 and IHOP were two of her favorites. A good breakfast—“um bom pequeno almoço”—followed by something spontaneous was her perfect day.

She believed in the beauty of both the old world and the new. Though she was born in Portugal, she deeply loved America and all it represented. It was a place of possibility, of new beginnings, and she never lost that sense of gratitude for what life here gave her. At the same time, she kept the Azores close to her heart. Santa Maria was always part of her, and always will be.

Her life was built on sacrifice. She gave and gave and gave. But she didn’t just give material things. She gave time. She gave love. She gave prayer. And she gave us an example of what it means to live with humility and strength, to serve others without pride, and to stay rooted in faith no matter what storms may come.

Her husband and children will always remember her as the heart of their home. She was our constant, our comfort, our quiet strength. Her life taught us what it means to love well, to forgive fully, and to walk in faith through every season. We are who we are because of her.

2 Timothy 4:7 “I have fought the good fight, I have finished the race, I have kept the faith.”

A Mass of Christian Burial will be held on Monday, March 31, 2025 at 10:00AM in St. Mary’s Church, 795 Dartmouth Street, Dartmouth, MA 02748. Relatives and friends are invited. Burial in Oak Grove Cemetery, 765 Prospect Street, Fall River, MA 02720. To leave a note of condolence: www.waring-sullivan.com

Versão em Português

Uma Vida de Fé, Amor e Devoção Desinteressada

Maria Goretti Carreiro faleceu em Dartmouth aos 67 anos, após uma longa e difícil doença. Embora os seus últimos dias tenham sido marcados pelo sofrimento, manteve-se rodeada pelo amor dos seus filhos e do seu marido, a quem entregou o seu coração, e toda a sua força.

Nascida em Ponta Delgada, nos Açores, filha de Maria Olímpia Coutinho e Albino Coutinho Cabral, Maria Goretti viveu uma vida moldada pela fé, pelo sacrifício e pelo poder silencioso do amor em ação. Foi a querida esposa de Duarte Nuno Carreiro, com quem partilhou um laço profundo e duradouro. Nas palavras dele, tinha um sentido de justiça muito apurado. Não conseguia suportar ver alguém a ser tratado de forma injusta. Era também, como ele descreveu, “uma amiga do seu amigo” — fiel a quem a tratava com carinho e respeito. Essa lealdade definia as suas relações e a profundidade da sua dedicação à família e aos amigos.

Criou dois filhos, Beatriz Botelho e Duarte Coutinho Carreiro, com amor inabalável e humildade. Para ela, a maternidade não era apenas um papel, mas um chamamento sagrado. Viveu como serva — não apenas de Deus, mas da sua família. Deu tudo o que tinha sem jamais procurar elogios, e nunca se considerou digna, embora fosse o mais belo exemplo de amor e altruísmo que poderíamos ter conhecido.

Os netos eram a sua alegria. Foi uma vovó dedicada para a Madilyn e a Lilian, filhas da Beatriz, e para o Gabriel e a Arianne, filhos do Duarte. A sua presença na vida deles era constante, carinhosa e cheia de calor. Iluminava-se quando estavam por perto e desejava sempre o melhor para eles, rezando constantemente pelo seu bem-estar.

Maria Goretti era também uma irmã muito querida para Noélia Coutinho Rodrigues, Maria Auxiliadora Coutinho e Vitória Coutinho Melo. Entre elas, era conhecida pela sua força emocional — aquela força que permite a uma pessoa carregar silenciosamente os fardos dos outros sem chamar a atenção para si. Como a sua filha Beatriz descreveu, era leal, forte e rápida a perdoar. Esse perdão não era superficial. Nascido da sua profunda fé católica, vinha da crença de que devemos perdoar como Deus nos perdoou. E ela viveu verdadeiramente essa crença.

Amava a natureza. Especialmente o mar. A brisa, o cheiro a sal, a paz de estar junto ao oceano. A sua ligação à água vinha dos verões que passou, em menina, na Baía de São Lourenço, na ilha de Santa Maria, onde a família tem casa. Pescar, nadar, caminhar junto à costa — esses momentos ficaram para sempre no seu coração. Mais tarde, viver perto do mar em South Dartmouth trouxe-lhe uma felicidade tranquila. Mesmo quando já não podia ir à praia, dizia-nos sempre com um sorriso: “Vá pra praia, rapaz.”

Mas Maria Goretti era mais do que uma mulher de fé e de família. Era curiosa, aventureira e cheia de vida. Adorava viajar e aprender. Fascinava-se com outras culturas e pessoas, e o seu espírito extrovertido fazia-a brilhar numa sala cheia de desconhecidos. Também gostava das alegrias simples: sair para comer, tomar o pequeno-almoço fora, passeios longos, pequenas excursões. O Pub 99 e o IHOP estavam entre os seus favoritos. Um bom pequeno-almoço seguido de algo espontâneo era, para ela, um dia perfeito.

Acreditava na beleza do velho mundo e do novo. Embora tenha nascido em Portugal, amava profundamente a América e tudo o que ela representava. Via-a como um lugar de possibilidades, de novos começos, e nunca perdeu o sentido de gratidão pela vida que aqui construiu. Ao mesmo tempo, mantinha os Açores sempre no coração. Santa Maria fazia parte dela — e continuará a fazer parte, sempre.

A sua vida foi feita de sacrifício. Ela deu, deu e deu. Mas não oferecia apenas coisas materiais. Dava tempo. Dava amor. Dava oração. E deu-nos um exemplo de como viver com humildade e força, de como servir os outros sem orgulho, e de como manter a fé viva, mesmo perante as tempestades da vida.

O seu marido e os seus filhos recordarão sempre Maria Goretti como o coração do lar. Foi o nosso apoio constante, o nosso conforto, a nossa força silenciosa. A sua vida ensinou-nos o que é amar verdadeiramente, perdoar plenamente e caminhar com fé em todas as estações da vida. Somos quem somos por causa dela.

2 Timóteo 4:7 “Combati o bom combate, terminei a corrida, guardei a fé.”

Uma missa será realizada na segunda-feira, 31 de março de 2025, às 10h da manhã, na Igreja de St. Mary, 795 Dartmouth Street, Dartmouth, MA 02748. Familiares e amigos estão convidados. O sepultamento será no Cemitério Oak Grove, 765 Prospect Street, Fall River, MA 02720. Para deixar uma nota de condolências, acesse: www.waring-sullivan.com